O Projecto



Um Dia Pela Vida representa a esperança de que aqueles que foram levados pelo cancro não serão esquecidos, que aqueles que estão a combater o cancro serão apoiados e que um dia o cancro será vencido.

História da iniciativa que originou o Um Dia Pela Vida

Em meados dos anos 80, o Dr. Gordy Klatt, dinâmico cirurgião que vivia em Tacoma, no Estado de Washington, EUA, viu-se confrontado com dificuldades financeiras na delegação local da American Cancer Society da qual era coordenador.
Com o objectivo de angariar fundos para o combate à doença e chamar a atenção da população para a falta de recursos existentes, iniciou uma maratona de 24 horas, sozinho e ininterruptamente no Estádio Universitário da sua comunidade.
De modo a apoiarem o Dr.Klatt nessa tarefa de angariação de fundos, amigos seus e alguns doentes, inscreveram-se na corrida, pagando simbolicamente 25 dólares cada um e nessa primeira maratona conseguiram angariar 27 mil dólares.
Um ano depois a mesma “caminhada contra o cancro “ contou com a participação cerca de 400 pessoas, organizadas em 19 equipas e foram angariados 33 mil dólares.
Começou assim, oficialmente o primeiro “24 Hour Run Against Cancer”, que mais tarde adoptou a designação de “Relay For Life”. Nas 24 horas de duração da caminhada, foram contagiantes o entusiasmo e o espírito de solidariedade que reinaram, não só na pista, como nas tendas que foram sendo instaladas em seu redor, fazendo companhia a quem caminhava e prestando todo o apoio que se tornava necessário.
A partir daí a onda “Relay For Life” contagiou todo o país. Actualmente ocorrem em simultâneo 4.400 relays espalhados por todos os EUA, e outros tantos que já acontecem em mais de 26 países do mundo.
Portugal juntou-se a esta onda de solidariedade e “caminhou pela vida” pela primeira vez em Março de 2005, em Coruche, naquele que ficou conhecido como o “ Um Dia Pela Vida” e que em 5 anos completou já na sua vigésima primeira maratona, por todo o País, de norte a sul e Ilhas e sempre em clima de festa.
Só vamos parar quando encontrarmos a cura! Junte-se a nós, por si...por mim...por todos e venha Caminhar Contra o Cancro e Pela Vida.

História do Um Dia Pela Vida em Portugal

Um Dia Pela Vida é um Movimento que nasceu em 2004 de uma parceria entre a Liga Portuguesa Contra o Cancro e a American Cancer Society.

É um movimento de solidariedade mundial, que envolve milhões de pessoas em todo o mundo e que em Portugal já “tocou” mais de 100 mil pessoas, directa ou indirectamente.
O primeiro Um Dia Pela Vida que se realizou em Portugal aconteceu em Coruche e rapidamente alastrou por todo o país. Já houve 29 edições: Coruche, Mértola, Azeitão, Lamego, Ponte de Lima, Redondo, Elvas, Caldas da Rainha, Trofa, Seia, Almeirim, Moura, Alcácer do Sal, Castelo Branco, Guimarães, Funchal, Benavente, Abrantes, Maia, Portalegre, Viana do Castelo, Valença, Machico, Serpa, Torres Novas, Felgueiras, Vila Viçosa, Peso da Régua e Ílhavo.
Estão a ser preparados, na região Norte, os lançamentos de Barcelos e Braga.

Há várias maneiras de se fazer parte do UDPV. Trabalhando directamente na Comissão Organizadora Local, inscrevendo uma Equipa, ajudando ou apoiando quem tem uma Equipa.

Todos são convidados a participar, ninguém deve ficar de fora. Porque sozinhos fazemos muito pouco e é juntos que poderemos fazer realmente a diferença nesta luta contra o cancro.

Se as estimativas nos dizem que neste século que mal começou 1 em cada 4 portugueses será “tocado” pelo cancro, e que o cancro não escolhe idades, sexos, tendências religiosas ou políticas, sabemos que bate cada vez mais a mais portas e muitas vezes sem avisar. Não é à toa que dizem que o cancro é uma doença silenciosa.

Sabemos também que o caminho mais curto para a cura é a prevenção e por isso está também nas nossas mãos ajudar a mudar essas estimativas e conseguir transformar o cancro numa doença crónica e não numa doença fatal.

Antigamente ter um cancro era uma sentença de morte! Felizmente cada vez é menos assim. Pode viver-se com qualidade e ter um cancro. Infelizmente, no nosso país e principalmente nas comunidades mais pequenas, o cancro ainda é uma doença tabu, maldita e malvista! As pessoas nos jornais ainda morrem de doença prolongada. Não se vai ao médico a não ser quando nos dói fisicamente alguma coisa e mesmo assim muita gente deixa arrastar “essa dor” o mais que consegue! Ainda há pessoas que escondem dos vizinhos que têm um cancro, por vergonha, como se esta fosse uma doença que se apanha por aí e não uma doença que vem ter connosco, sem que estejamos sequer despertos para essa realidade. Mas, apesar das estimativas pessimistas, sabemos também que as mortes por cancro estão a começar a sua curva descendente. Os avanços nos tratamentos são significativos e a medicina preventiva começa a ser encarada com mais facilidade.

Daí ser da maior importância levar este tipo de projecto para comunidades mais pequenas, longe da informação de grandes centros urbanos, tentando mudar mentalidades, educando para a prevenção do cancro, derrubando tabus, dando exemplos de esperança e consequentemente arranjando fundos que apoiem o trabalho que uma organização como a LPCC faz no terreno.

A LPCC tem mais de 16 serviços diferentes que lutam contra esta doença muito mais do que o peditório nacional, que é sempre mencionado quando se pergunta a alguém o que sabe sobre a Liga. É responsável pelo Rastreio do cancro da mama feito a nível nacional. Tem movimentos e associações tal como o Movimento Viver e Vencer, de apoio mulheres mastectomizadas ,os movimentos de apoio a Ostomizados e a Laringectomizados, que prestam serviços de voluntariado Hospitalar. Tem uma unidade de cuidados continuados no Porto que custou 6 milhões de euros, dos quais o estado custeou 1 milhão e os restantes milhões foram pagos pelas nossas moedas, por quotizações de sócios, heranças e legados deixados por pessoas generosas que ajudam a fazer realmente a diferença nesta luta que tem que ser ganha por todos. Apoia significativamente a investigação, na qual reside a nossa esperança de um dia podermos dizer: “O Cancro tem cura.”

O UDPV é mais uma maneira de se lutar contra a doença. E é uma maneira privilegiada de o fazer porque somos todos nós convidados a fazê-lo e em clima de celebração e festa. É falando de cancro na nossa comunidade dando exemplos de esperança, ensinando que o caminho mais curto para a cura é a prevenção, e que a cura é possível que nós nos envolvemos. E os resultados são sempre extraordinários. Em 5 anos mais de 2 milhões e cem mil euros angariados, mais de 100 mil portugueses já participaram neste movimento, mais de 18000 voluntários inscritos no projecto já vestiram a sua camisola e já caminharam pela vida.


É um projecto que de início pode parecer assustador mas, o seu sucesso passa exactamente pelo facto de não termos que o fazer sozinhos mas em conjunto, delegando responsabilidades, partilhando conhecimentos e experiências e dando sentido ao gesto de “dar a moeda”. No fim sentiremos aquela sensação de dever cumprido e de termos realmente feito a diferença nesta luta contra o cancro e pela vida.